Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010

desta vez, Pravda significa mesmo a verdade...

ou Portugal visto por um jornal russo:

“Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal, pelo Governo liberal de José Sócrates.

Mais um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo Português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.

E não é por eles serem portugueses. Vá o leitor ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos, e vai descobrir que doze por cento da população é portuguesa, oriunda de um povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão....e à Austrália.</p>

Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no Partido Social Democrata (PSD) e Partido Socialista (PS), gangorras de má  gestão política que têm assolado o país desde anos 80.

O objectivo? Para reduzir o défice.

Porquê? Porque a União Europeia assim o diz.

Mas é só a UE? Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia se deixou sugar, é aquele em que as agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos Estados Unidos da América (onde havia de ser?) virtual e fisicamente, controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da  União Europeia através da atribuição das notações de crédito.Com amigos como estes organismos e ainda Bruxelas, quem precisa de inimigos? Sejamos honestos.

A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e apavorada com a Alemanha depois das suas tropas invadiram o seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. A França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para a sua indústria.

E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos pelos motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de que país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são os Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.

Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata da direita) e PS (Socialista, do centro), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo a sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir!) e a sua indústria (desapareceu!) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas!), a troco de quê? O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza numa base sustentável?

Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que despejaram biliões de euros através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque é considerado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é!) e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai  do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos.

A sua "política de betão" foi bem idealizada mas, como sempre, mal planeada, o resultado de uma inapta, descoordenada e, às vezes inexistente no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e seu povo. Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral.

O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam.

Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou-se em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris.

Foram encomendados Lamborghini,  Maserati. Foram organizadas caçadas de javalí em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficaram a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político. E é ele um dos melhores?

Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanista, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo excelente diplomata, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, "Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando") que criou mais problemas com o seu discurso do que com os que resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha. Resultando em dois mandatos de José Sócrates, um ex-Ministro do Ambiente competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado pelos interesses instalados.

Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares (???) de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projectos de educação).

E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes.

O Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados:

Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%).

Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%).

Concordo com o sacrifício (1%)Um por cento!

Quanto ao aumento dos impostos, a reacção imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afectará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso.

O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem os resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar!! É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de rating, que o  Governo  de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português.

Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno do Governo de Portugal ao PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado com as suas ideias e propostas.

Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, enviou os interesses de Portugal para o ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão a levar cada vez mais portugueses a questionarem se não deveriam ter sido assimilados há séculos pela Espanha.Que convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude". Certo, bem longe de Portugal, como todos os que podem estão a fazer. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico e uma classe política abominável.

 

 Timothy Bancroft-Hinchey

 

Pravda.Ru


Quarta-feira, 12 de Maio de 2010

PAPALvos

 

é que nem vale a pena dizer nada...


Terça-feira, 7 de Julho de 2009

"Também foste ver os AC/DC"??

 

BRUTAL, NÃO FOI?!?!?

 

Oiço: '74 Jailbreak - AcDc

Domingo, 3 de Maio de 2009

Tá dito, tá dito! - parte 3

Vital Moreira - ? 

 

uma palavra de apreço ao Inspector Rosa y Casaco pelas imagens retiradas do espólio do seu Arquivo Pessoal.


Tá dito, tá dito! - parte 2

José Manel - 1975


Tá dito, tá dito! - parte 1

Freitas do Amaral-1975


Quarta-feira, 29 de Abril de 2009

Ainda bem que há partidos com sentido de humor...

 

 


O novo sítio na internet do PCTP MRPP

Depois de um período de interrupção forçada, devido a um acto de pirataria informática promovido pelas centrais de contra-informação ao serviço do governo, o sitio, (o fórum foi atacado na mesma altura), do PCTP/MRPP, e depois de um período de experiencia, onde foram recebidas e apreciadas diversas sugestões para a melhoria da sua apresentação, reaparece com um novo formato e com o mesmo firme propósito de dar corpo a uma alternativa de esquerda ao actual sistema económico capitalista e ao poder politico que o sustenta e apoia, nesta fase de crise profunda desse sistema e desse poder, que há que transformar num decisivo factor de avanço da luta revolucionária.

Ser atacado pelo inimigo é uma coisa boa, por isso não nos lamentamos pelo ataque sofrido, competindo-nos antes fazer deste novo sitio um meio mais forte, mais actuante, mais organizado e mais participado do que o foi anteriormente.

Em larga medida, este sitio e este fórum será o que os trabalhadores e os cidadãos lutadores e conscientes quiserem que eles sejam. Aos órgãos centrais do PCTP/MRPP cabe o papel imprescindível de orientação e de orientação política, mas nada pode substituir a iniciativa e a participação determinada das massas de simpatizantes e apoiantes da causa do SOCIALISMO e do COMUNISMO.

O POVO VENCERÁ! "

 

 

(ou alguém ainda julga que está em 73 ou então eles ainda estão escondidos na cave a lutar contra os esbirros do capitalismo selvagem. e dragões e unicórnios)


Sábado, 25 de Abril de 2009

A Liberdade já passou por aqui

Tendo eu já vivido em 2 localidades cujas autarquias eram "comunistas", os festejos do 25 de Abril de que me lembro da minha mocidade eram grandiosos. Grandiosos é exagero, mas notava-se uma real afluência às actividades. Concertos, actividades várias para crianças e adultos, os discursos da praxe dos caciques e dos poderzinhos... o costume.

Em virtude dessas vivências e do carácter pedagógico de muitas dessas acções percebo, hoje, que era fácil para uma criança, na altura (early to mid 80's), compreender minimamente o que se tinha passado naquele dia para podermos ir pintar para a praça da vila, livremente, palavras  de ordem (ou valores essenciais) como igualdade, Fraternidade, Liberdade. (desenhos de chaimites ou espingardas com  flores também faziam sucesso). Felizmente, em casa sempre tive acesso a informação e, sobretudo, vontade de a absorver.Daí a perceber o que foi o Estado Novo foi um pequeno passo.

Mais tarde, já adolescente e adulto, cheguei a falar com pessoas que estavam e estiveram dos dois lados da barricada. Muito sinceramente, acredito que houve ditaduras muito piores do que a nossa, mais castradoras da(s) liberdade(s), mais persecutórias, mais eficazes. Mas não é por isso que a nossa ditadurazinha (tão portuguesa) não deixou de ser um dos piores períodos da nossa História, por todas as razões que são sobejamente conhecidas e documentadas. Não gosto de apontar nomes, mas Salazar foi um dos maiores responsáveis pelo Estado que se criou.  Assim como o foi, nos bastidores e para efeitos de marketing, António Ferro que criou, à volta de Salazar, um mito (do qual, ainda hoje, não se sabe se está muito distanciado da realidade) de um homem austero, mas paternal, retratado como o Salvador da Nação. António Ferro era um homem avançado para a época, de reais capacidades de marketing político cujo objecto promocional não era. de todo, o mais, vá, democrata. Assim, compreendo porque ainda existam restícios dessa imagem Sebastiânica à volta de Salazar. E, hoje em dia, há muitos Antónios Ferros por aí. Os adeptos da teoria da conspiração (dos quais eu sou um adepto hooligan) esfregaram as mãos de contente ao verificar que iria ser transmitida uma estupidamente óbvia limpeza de imagem do ditador, na figura de uma série emitida em horário nobre, em que Salazar é um charmoso galã que até papa camones e astrólogas bisexuais. Com isto, consegue-se dar uma dimensão humana à então figura de proa da Nação, coisa muito em voga e apetecida pelos consumidores de política. (não esquecer que toda a política é um espectáculo)

Ora, com isto, e para não tornar o texto demasiado comprido, compreendo que ainda existam, em Portugal, ruas e praças com o nome de Salazar. Assim como compreendo que haja Plazas ou Calles em Espanha com o nome de Franco.

O que não compreendo é que se deixe passar, impunemente, o verdadeiro insulto à memória de quem sofreu e morreu às mãos de um regime fascista, neo-fascista, quasi-fascista, clerico-fascista -  o que lhe quiserem chamar - que foi, desde 1933 até 1974, uma ditadura totalitária liderada por António de Oliveira Salazar primeiro e, mais tarde, por Marcello Caetano.

O insulto que é dignificar o seu nome, exactamente no dia em que, finalmente, os militares se revoltaram contra um sistema podre que os obrigava a lutar uma guerra que eles sabiam que não iriam vencer destruindo, no processo, o próprio sistema de Estado e seus dirigentes (sim, porque muitos PIDES, PJ's e GNR's continuaram no activo durante muitos anos com os mesmos tiques fascizantes que o próprio sistema tinha e lhes dava, ao lhes dar o poder dos poderzinhos). O insulto que é inaugurar a requalificação da calçada e do Ecoponto duma praça, que por acaso tem o nome de Dr. Salazar...

Esperem..

Mas isto tudo porque a calçada vai ser arranjada? E faz-se uma inauguração da obra? E exactamente no dia 25 de Abril? Estamos em anos de eleições, certo? E os poderzinhos, neste caso, autárquicos continuam a ser obtusos e insensíveis a esses pormenores? Ou os portugueses, que sempre foram passivos, deixando que 48 anos de botas lhes pisassem os direitos, continuam passivos e continuarão passivos até que surja um novo Salvador, desta vez de pantufas e fato Armani, para nos podermos queixar dele, como só nos o sabemos fazer? 

Os Portugueses são acomodados por natureza e, feliz ou infelizmente, estão cada vez mais desligado do espectáculo que se tornou a política. Ainda bem. Talvez quando o novo salvador da nação chegar e nos lembrarmos de como era bom quando eramos livres, talvez aí, o Português se aperceba que fazer política está nas nossas mãos, manifestando-se, unindo-se a outras pessoas com causas  comuns, tendo em mente o que os putos gostava de pintar nas pedras da praça da minha terra, não os chaimites, mas aquelas minudências como a Igualdade, a fraternidade e aquela outra... ah, sim, a Liberdade.


Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2009

Contra o branqueamento

 " Sou historiador. Todavia, aprecio particularmente a ficção e não me preocupo que o teatro, o cinema ou a literatura criem “estórias” que, de forma assumida, alterem a história, para a interrogarem ou a criticarem.

Assim sucedeu, por exemplo, com o Cabaret da Santa, do companhia Teatrão, de Coimbra, numa co-produção luso-brasileira. Ali se evoca de forma humorística, entre o teatro brechtiano e a revista à portuguesa, vista à maneira brasileira, a chegada dos portugueses e de D. João VI ao Brasil e muito mais coisas, numa sucessão talvez excessiva (verdadeira rapsódia de cenas e de músicas), em interacção com o público, que se sente ora seduzido ora “enganado”, mas sempre entusiasmado.

Sobre Salazar, vi, já em posterior apresentação televisiva, Deus, Pátria e Maria, encenada, há alguns anos, no Teatro Maria Matos, da autoria de Maria do Céu Ricardo e com excelente interpretação de Márcia Breia. Mais recentemente, assisti a Férias grandes com Salazar, cujo original foi escrito pelo espanhol Manuel Martínez Mediero, apresentada pelo Teatro Nacional D. Maria II no pequeno Teatro da Politécnica.. E vi mesmo, sem me chocar, Salazar, The Musical, encenada no Teatro Villaret pelo inglês John Mowat. Independentemente de ter gostado ou não dessas peças, o certo é que se tratava também de ficção, estando bem definidos os planos da História e da “estória”, sem haver qualquer confusão.

O mesmo não se pode dizer desta Vida Privada de Salazar, apresentada em horário nobre pela SIC. A vida íntima consistia, nesta apresentação de pretensões históricas, sem nenhuma qualidade, em conduzir o espectador a passar da visão de um

 “Salazar austero” para um “Salazar licencioso”, onde tudo é permitido, desde que encha os olhos de um público estranhamente à espera da última tirada do “Chefe”, que governou este país, em ditadura, durante cerca de quarenta anos. Clara Ferreira Alves, num seu artigo do Expresso, em 21 de Março de 2007, dizia ironicamente: “Salazar é que está a dar”. E a cineasta Maria Medeiros, numa entrevista ao Jornal de Letras, em Junho de 2008, afirmou com desânimo: “Quando vou a Portugal choca-me a catadupa de livros, séries e produtos à volta de Salazar. Parece-me um absurdo. Nos outros países não há uma nostalgia assim de um ditador. Romantiza-se um período, ocultando o horror da tortura e da guerra”.

Na verdade, vale tudo, para que o produto se venda. Seja a Vida Privada de Salazar ou alguns livros que editores sérios deveriam ter vergonha de lançar no mercado, seja o concurso Grandes Portugueses, da nossa oficialíssima RTP, com a colaboração de muitos intelectuais da nossa praça, que colocou no pódio do “maior português de todos os tempos”… António de Oliveira Salazar!

Enfim, não é de admirar que, neste panorama — que nem sequer é apenas português —, se destruam a cultura, a indústria e o comércio nacionais, surja um desemprego nunca visto e se caia numa das maiores crises de sempre, com escândalos públicos e privados que todos os dias nos batem à porta. E ninguém parece lembrar-se que o fascismo surgiu de crises idênticas da democracia política e, sobretudo, de crises da democracia social e da ética, que alguns evocam só em momentos de puro oportunismo.

De resto, vale tudo…! Mesmo tudo!? Espero que, ao menos, nos reste um pouco de vergonha, de inteligência e de esperança para mudar o “sistema”, aprofundando a Democracia numa visão verdadeiramente Política e Social. Mas, para isso, é necessário uma outra Cultura. Esta é mesmo a hora da Cultura ou… a hora da incultura e do desespero.

Luís Reis Torgal

* Professor Catedrático Aposentado de História Contemporânea da Universidade e Coimbra. "

Publicado in Diário de Coimbra, 11 de Fevereiro de 2009, Quarta-Feira, p. 9.

Uma nota de agradecimento e um grande bem-haja ao Senhor Embaixador em Newcastle-upon-Tyne por me ter enviado o textículo que acabo de transcrever.


Quarta-feira, 19 de Novembro de 2008

"Ja viu a minha t-shirt nova?"

Nao sei se sabem qual e a minha opiniao sobre o estado de Israel. Nao e positiva.

Daqui a uma hora, vou levar um cliente israelita ao aeroporto.. Vou ter que fazer small-talk e tal, mas nao acredito que fiquemos muito tempo sem falar...

 


Quinta-feira, 23 de Outubro de 2008

Líderes Europeus procuram a solução para a crise.

 

 

 


Terça-feira, 16 de Setembro de 2008

Eles andam aí... e são malucos!

De há uns anos para cá tenho recebido, no meio de todo o Spam e junkmail, e-mails de um tal José Pedrosa que, pelo teor, se apresenta como um fanático de extrema-direita (atenção, não confundir com neo-nazi ou skin, este é daqueles a sério).

O último, que vou passar a transcrever, reencaminha um texto publicado no Expresso e escrito pela não menos execrável Clara Ferreira Alves.

Não percebo como este senhor chegou até mim mas, oh Pedrosa, vai-te lixar!

____________

 

From: jose pedrosa
Sent: Tuesday, September 16, 2008 12:35 AM
Subject: Artigo demolidor.
 
"A Marrã Maçónica!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
Sim isto é mais que verdade! Neste País anda tudo às avessas! Como é possivel que exista uma Ordem de Cristo  onde os cavaleiros são anti-cristãos isto é, ateus, loga anti-cristãos. Se temos como Rainha de Portugal Nossa Senhora da Conceição (Padroeira e Rainha de Portugal) porque precisamos de um pretenso rei? Quando acabamos de vez com o abuso de estados inoperantes em todo a linha! Quando pedimos responsabilidades da destruição sistemática de toda um património público, tanto no aspecto cultural, como material e religioso.
 
O Povo Português( e todos os terráqueos) tem mais valor, apesar de distraído, que a "reformas" malvindas e malditas dessa pútrida e fétida revolução dos cravas, que tudo tem corrompido, prostituido, vendido no calor devassidão que prolifera no Planeta, pela mão dessa marrã fétida, chamada maçonaria que inventou a democracia(demóniocracia) e os e os antros das ratas de cano que dão pelo nome de partidos, que pela designação devem ser reduzidos a pó, por serem avessos à condição humana.
 
Acorda ser humano! É tempo de varrer o Planeta do lixo satânico!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
Pierre Montségur"
  
(Clarinha, desculpa mas o teu texto é demasiado grande para a transcrição...Além disso, és só mais uma pseudo-intelectual bitching about the situation...)

 

 

UPDATE: Acho que o o José Pedrosa é o Padre e autor José Pedrosa Ferreira - fiquei com curiosidade de assistir a um sermão do senhor....


Segunda-feira, 15 de Setembro de 2008

As Chávez ou o Dinheiro?

Lamento não ter tempo para me espraiar neste post, mas achei que o senhor merecia umas palavrinhas...

 

Depois do compañero ter mandado os americanos, e passo a citar, "para o caralho", o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mostrou este domingo perante as câmaras de televisão um exemplar do portátil Magalhães, produzido em Portugal, sublinhando que a Venezuela prevê adquirir proximamente um milhão de exemplares.

«Explicaram-me os portugueses que se pode deixar cair sem se danificar. Está feito para crianças», disse o presidente Hugo Chávez, que deixou cair, desde a altura dos seus ombros, um portátil ligado para cima da mesa. «Vejam que não se desligou. Este sim é um verdadeiro computador, que «aguenta» bombardeamentos», enfatizou.

 

Estarão as duas notícias ligadas?

 

 

 

Oiço: "The Beatles" - Revolution

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