E não é que este blog já fez 2 anos há quase um mês?
Por começado pelas razões certas, já me habituei a depositar nele as coisas erradas.
Espero que gostem tanto como eu.
eu até nem gosto muito dele.
Ou fecho esta porta ou abro a janela.
"Sempre tive ganas de me libertar
das correntes que nunca me prenderam
Agora que estou livre
quem me dera a tua prisão"
(Anónimo Espanhol, séc. XI)
A verdade é que não superei nada a que me propus... Escola, trabalho...
Nem nas relações, que são mal-terminadas (e que, plos vistos, assim o são só para mim), eu consigo superá-las. Muito menos a sua ausência. O pior é a presença da ausência. Como se um fantasma estivesse ao meu lado e, para comprovar aquilo que já sei, olho em redor e não estás lá.
Quero esquecer tudo o que se passou, quero mesmo. Sei que não o vou conseguir.
Mas poderei eu (poderemos) esquecer o que se sente? Ou ignorar?
Em certas coisas, a distância pode ser medida em tempo e em espaço.
A distância do espaço entre pessoas de quem se gosta faz-nos perdê-las ou sentir cada vez mais a sua falta. Com a distância do tempo, tentamos aprender a gerir, racionalizar e compartimentar o que não mensurável. A superar, a engolir sapos, a iludirmo-nos até ao inevitável dia seguinte. A distância também pode ser um narcótico de sentimentos, estabilizando-os a um nível de dormência que nós nem nos apercebemos que os sentimos. Mas eles estão lá, comatosos, à espera de um qualquer dia ou de uma qualquer luz no fundo do túnel.
A distância, filha da puta, até nem é tão má como isso.
Copy paste de um outro blog, mas que se lixe.
"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam"praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso"dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor.
É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode.Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A"vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a vida inteira, o amornão. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-
la também."
Miguel Esteves Cardoso
Tinhas razão.
Faltou esta
You came to me like a dream
How would I know it was a scheme
To get me to you
Your eyes burned like fire
Through my heart
Although we were life times apart
Making mistakes was my game
Your life I tried to rearrange
But now I know a better way
My precious love
Now you're a woman
You've got a child
And those days of being wild
Are gone with the past
But now baby you still ain't got no home
All those endless nights you've had to roam
But I know a better way
My precious love
Há dias em que é fácil acordar, outros não.
Há dias em que se tomam decisões. Hoje tomei uma. E desta vez acerto.
Decidi que tenho que ser melhor, tenho que me superar.
Tenho que mostrar que sou digno daquilo que tanto quero.
Foda-se. E desta vez acerto. Por mais ninguém. Por mim.
Fodam-se todos, medíocres de merda, invejosos e celibatários, retardados mentais.
Sejam felizes nas vossas vidas medíocres, com pensamentos medíocres, tristes por ignorarem que já são felizes, invejosos da falsa felicidade dos infelizes que todos são
Sejam obtusos com as palavras assim como são nos pensamentos. Eu, a partir de hoje, recuso-me a ser como vocês. Nunca o fui e hoje digo-o que nunca o irei ser.
Os erros foram feitos para serem superados. Não me arrependo de ter errado. Já errei. E agora? Não sendo possível emendar o erro, destrói-o. A implosão de um erro deve ser acompanhada por mãos experientes. Da minha implosão, decidi que desta vez acerto.
Por isso, um grande bardamerda a quem vem a seguir. Nunca conhecerão o que estava por baixo do monte de entulho sobre o qual tudo aquilo que vou ser vai ser edificado.
A verdade dói mais como a mais cruel das mentiras, mas não será preferível viver iluminado a viver cego?
Hoje deitei os toldos abaixo. Posso ver os quilómetros que quero à minha volta. Basta esta nuvem passageira cumprir a sua função.
Ir ver o teu blog para me sentir perto de ti.
Toda a gente tem um dói-dói
(Berry/Buck/Mills/Stipe)
When the day is long and the night, the night is yours alone,
When you're sure you've had enough of this life, well hang on
Don't let yourself go, 'cause everybody cries and everybody hurts sometimes
Sometimes everything is wrong. Now it's time to sing along
When your day is night alone, (hold on, hold on)
If you feel like letting go, (hold on)
When you think you've had too much of this life, well hang on
'Cause everybody hurts. Take comfort in your friends
Everybody hurts. Don't throw your hand. Oh, no. Don't throw your hand
If you feel like you're alone, no, no, no, you are not alone
If you're on your own in this life, the days and nights are long,
When you think you've had too much of this life to hang on
Well, everybody hurts sometimes,
Everybody cries. And everybody hurts sometimes
And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on
Hold on, hold on, hold on, hold on, hold on, hold on
Everybody hurts. You are not alone
. olha
. Hoje
. Não consigo estar preso a...
. 30 e tal
. A distância é filha da p*...
. Mais valia ter tado calad...
. Eu fui
. Hoje é o primeiro dia do ...
. olha
. Hoje
. Não consigo estar preso a...
. 30 e tal
. A distância é filha da p*...
. Mais valia ter tado calad...
. Eu fui
. Hoje é o primeiro dia do ...
. PORQUE A MÃE JÁ TEM CARA ...