Sobre fins de semana de dias mal despertos e noites mal dormidas ou a duradoura
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda
José Mário Branco
Onde tu estás é onde eu quero estar Através dos teus olhinhos, tá tudo o que eu quero ver E à noite, és o meu soninho És tudo para mim REFRÃO És o meu amôjinho E o bafo nas minhas preces Pega-me na mãozinha e leva-me pra lá Não consigo esquecer o sabor da tua boca Dos teu lábios, os céus desabam a chover Não me consigo esquecer que já fomos unos Só contigo é que sou livre Todos os dias, todas as noites, és só tu És o meu amôjinho Todos os dias, todas as noites, és só tu És o meu amôjinho Vamos dançar ao luar Com estrelinhas no olhar Vamos dançar até ao nascer do sol Tu e eu a dançar dançar dançar (até ficarmos tontos e vomitar...)
e a meio da viagem, a rádio solta a Flaca:
En la vida conoci mujer igual a la Flaca
coral negro de la Habana,tremendisima mulata.
Cien libras de piel y hueso, cuarenta kilos de Salsa,
en la cara dos soles que sin palabras hablan
que sin palabras hablan
La Flaca duerme de dia, dice que asi el hambre engaña,
cuando cae la noche baja a bailar a la Tasca.
Y bailar y bailar, y tomar y tomar
una cerveza tras otra pero ella nunca engorda
pero ella nunca engorda
Por un beso de la Flaca daria lo que fuera
por un beso de ella, aunque solo uno fuera
Mojé mis sabanas blancas, como dice la canción
Recordando las caricias que me brindó el primer día
Y enloquezco de ganas de dormir a su ladito
Porque Dios que esta flaca a mi me tiene loquito
O-oh, a mi me tiene loquito
Milhares d'estórias, dispersas pela tua vida como as veias se espalham pelo corpo.
São entendimentos, são acções, são discussões, são zangas, frustrações, alegrias, prazeres..
São indefiniveís que se colocam em pausa.
todos os dias.
dia1 -
roí as unhas comose não houvesse amanhã. fumei mais 10 cigarros que o costume. já pensei em acabar com o resto do Syrah italiano (que era uma bela merda) que restou do almoço d'ontem.
Se isto continua, saio de um para me meter noutro. Mas com mais estilo.
De tanto revirar os olhos às minhas colegas, vi o fundo do meu crânio. Estavam lá Marco Paulo e Ian Hunter cantando "Vou Levar-te comigo".
E pronto, como o prometido é de vidro, cá vão as 8 coisas que eu gostava de fazer antes de morrer, sem ordem específica:
- Acabar o puzzle de 10.000 do Guernica que comprámos.
- Saber e conseguir tocar na bateria os meus temas favoritos de Led Zeppelin.
- Ter uma casa, mulher e um filho - e dizer-lhes sempre a verdade.
- E mais tarde, ter outro filho
- Viver desafogadamente financeiramente
- Gravar e ser reconhecido pelo meu valor
- Conseguir empregar o "poço inútil" de uma forma construtiva.
- Aprender a levar as coisas certas até ao fim e retirar-me das erradas a tempo.
só para mudar o fundo e para lembrar as pessoas que têm sementes de plantas indoor que esta é a melhor altura para as semear.
Não custa nada nem tempo nenhum.
E não, não estou a falar de erva.
Augusta, graças a Deus, graças a Deus, entre você e a Angélica eu encontrei a Consolação que veio olhar por mim e me deu a mão.
Augusta, que saudade, você era vaidosa, que saudade, e gastava o meu dinheiro, que saudade, com roupas importadas e outras bobagens.
Angélica, que maldade, você sempre me deu bolo, que maldade, e até andava com a roupa, que maldade, cheirando a consultório médico, Angélica.
Quando eu vi
que o Largo dos Aflitos
não era bastante largo
ora caber minha aflição,
eu fui morar na Estação da Luz,
porque estava tudo escuro
dentro do meu coração.
Hoje, tirei o último bocado de vida enfiado num caixote de papelão. Olhei uma última vez lá para dentro, onde tinha escrito um dia que ali ia ser feliz. E fui mesmo. Foi desolador.
Depois desta fase, dizem-me que novas fases virão. Mas esta é a fase de agora. Esta é a vida de hoje e não é a de amanhã. E se quero as coisas tenho que lutar por elas.
Mas lá que custa um pedacinho, custa...
A minha mente é badalhoca, mas convenhamos que a resposta se presta a isso.
ELE - Então, hoje encontramo-nos?
ELA - Não, hoje já tenho um bico.
E com esta brincadeira toda, chego (chegarei) aos 27.
Não, isto NÃO é um daqueles posts de balanço de vida porque, afinal, só são 27 anos, não são propriamente 50.
Assim, e utilizando o sistema de data mining (ou "mineração de dados, como lhe chamam na lingua de Camões, mas com sotaque de Vinícius), cheguei à científica conclusão de que, com 27 anos,
já comi 1/3 daquilo que queria comer,
bebi 0.25% do que poderia beber,
amei 1/100 daquilo que me predispus a amar,
li 1/1000 do que me dispus a ler
e ouvi 1/10000 da música que me dispus a ouvir
Tenho que fazer um pacto para percorrer, plo menos, mais 68 kms dos 95 a que me predispus a percorrer...
Em certas coisas, a distância pode ser medida em tempo e em espaço.
A distância do espaço entre pessoas de quem se gosta faz-nos perdê-las ou sentir cada vez mais a sua falta. Com a distância do tempo, tentamos aprender a gerir, racionalizar e compartimentar o que não mensurável. A superar, a engolir sapos, a iludirmo-nos até ao inevitável dia seguinte. A distância também pode ser um narcótico de sentimentos, estabilizando-os a um nível de dormência que nós nem nos apercebemos que os sentimos. Mas eles estão lá, comatosos, à espera de um qualquer dia ou de uma qualquer luz no fundo do túnel.
A distância, filha da puta, até nem é tão má como isso.
E as primeiras palavras que escrevo neste blog e são uma citação de autor desconhecido:
. Porque há dias em que ain...
. La Flaca
. Pausa
. tuítas 1
. De volta
. Fechada
. D'obra?
. Get your kicks on route 6...
. A distância é filha da p*...
. Porque há dias em que ain...
. La Flaca
. Pausa
. tuítas 1
. De volta
. Fechada
. D'obra?
. Get your kicks on route 6...
. A distância é filha da p*...
. PORQUE A MÃE JÁ TEM CARA ...